“O que falo, peço que acredite...
Falo de mim... do que me permiti conhecer e do que estou me
permitindo conhecer..
O que falo, peço que acredite...
Talvez tenha um atraso no tempo para determinadas
descobertas, mas como a própria descoberta propõe, não dá para medir o seu
tempo... e parece que o fascínio desse tempo habita no desvelamento de algo, na
retirada suave do seu véu...
O que falo, peço que acredite..
A retirada do véu nasce com o tempo e o tempo aguarda,
afaga... o tempo acaricia.. ele tem um jeito próprio de nos receber..
A princípio imaginamos que ele maltrata... que agonia, que
tortura... é um imediatismo desenfreado que resolvemos materializar em nossos
corpos, em nossos sentidos e que obscurece a beleza do desnudar do tempo na
vida de cada um..
O que falo, peço que acredite..
Permiti dizer... permiti sentir... permiti o êxtase do
acasalamento dos meus pensares com o meu ‘fazer’... permiti seguir, seguir..
pra onde?.. por quê?..
Acredite..
Esse é o desnudar do tempo..
que promove em mim tal arrebatamento, tal deslumbre..
Acredite..
Esse é o onde que surgiu de uma estrela - aquela que é
maravilhamento, que sopra em nós a espera pelo dia seguinte e que deve trazer
algo novo, diferente; que nos assegura que jamais seremos os mesmos se o brilho
dela nos acompanhar..
O que falo, peço que acredite..
..não precisa sentir.. apenas peço que acredite”.
(Rosane Nery)
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