domingo, 30 de março de 2014

Café filosófico

“O que falo, peço que acredite...
Falo de mim... do que me permiti conhecer e do que estou me permitindo conhecer..
O que falo, peço que acredite...
Talvez tenha um atraso no tempo para determinadas descobertas, mas como a própria descoberta propõe, não dá para medir o seu tempo... e parece que o fascínio desse tempo habita no desvelamento de algo, na retirada suave do seu véu...
O que falo, peço que acredite..
A retirada do véu nasce com o tempo e o tempo aguarda, afaga... o tempo acaricia.. ele tem um jeito próprio de nos receber..
A princípio imaginamos que ele maltrata... que agonia, que tortura... é um imediatismo desenfreado que resolvemos materializar em nossos corpos, em nossos sentidos e que obscurece a beleza do desnudar do tempo na vida de cada um..
O que falo, peço que acredite..
Permiti dizer... permiti sentir... permiti o êxtase do acasalamento dos meus pensares com o meu ‘fazer’... permiti seguir, seguir.. pra onde?.. por quê?..
Acredite..
Esse é o desnudar do tempo..  que promove em mim tal arrebatamento, tal deslumbre..
Acredite..
Esse é o onde que surgiu de uma estrela - aquela que é maravilhamento, que sopra em nós a espera pelo dia seguinte e que deve trazer algo novo, diferente; que nos assegura que jamais seremos os mesmos se o brilho dela nos acompanhar..
O que falo, peço que acredite..
..não precisa sentir.. apenas peço que acredite”.

(Rosane Nery)

Nenhum comentário:

Postar um comentário